Longa “BONIFÁCIO, O FUNDADOR DO BRASIL”, de MAURO VENTURA, em Cartaz a Partir de Junho, em Vários Cinemas do Brasil

22 de maio de 2018 Off Por admin

Em junho, os cinéfilos brasileiros, interessados em conhecer as origens de nosso país, para poder minimamente entender nosso presente, e sonhar com nosso futuro, terão mais um ingrediente de valor em suas pesquisas: o longa metragem “BONIFÁCIO, O FUNDADOR DO BRASIL”, do cineasta carioca MAURO VENTURA entrará no circuito exibidor em várias cidades em vários estados.

O FILME

“BONIFÁCIO – O FUNDADOR DO BRASIL”, é um documentário cinematográfico sobre a vida de José Bonifácio de Andrada e Silva, patriarca da independência brasileira. Não tem apenas o objetivo de contar a biografia deste brasileiro ilustre ou meramente desvelar aspectos menores de sua vida cotidiana. O documentário busca reconstruir o mito de um homem que é conhecido no Velho e no Novo Mundo. Um homem admirado, aclamado e homenageado em vários países – menos no Brasil.

Foi realizado por meio de financiamento coletivo, onde aproximadamente 600 pessoas se uniram para viabilizar financeiramente a produção, dentre elas o escritor DARLAN ZURC, co-produtor da película.

O ator PAULO LOPES encarna o PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA

A maior contribuição de Bonifácio, seja para a política, seja para cultura, seja para nossa vida cotidiana, é o processo de construção de sua própria personalidade e a influência que ela pode exercer nos homens de hoje. Sua trajetória atesta a amplitude de potencial da personalidade humana, algo que muitas vezes é esquecido no Brasil. Tivéssemos seguido o projeto desse grande homem, talvez vivêssemos hoje em um país à altura de seu potencial.

Por que os ensinamentos de um homem desse porte foram relegados ao esquecimento? Isso não surpreende. Afinal, o Brasil vive o auge da contaminação do imaginário por personagens de relevância histórica duvidosa, de caráter claudicante e de influência francamente nefasta. Ícones paródicos numa época em que as pessoas desconhecem as próprias virtudes e se contentam com o pouco, com o baixo – o vil.

ASSISTA AO TRAILER:

BIOGRAFIA DO “PATRIARCA DA INDEPENDÊNCIA”:

José Bonifácio de Andrada e Silva, nascido em Santos, forma-se na Universidade de Coimbra, em Portugal, tornando-se logo após um mineralogista reputado nos círculos científicos da Europa, aluno do filósofo Immanuel Kant e colega de estudos do célebre naturalista alemão Humboldt. Como estrategista militar, tem posto de comando na resistência de Portugal à invasão do exército de Napoleão.

Em 1819, aos 56 anos, Bonifácio volta ao Brasil, onde concebe um projeto civilizacional para o país. Em nome dele, combate a escravidão, décadas antes das campanhas abolicionistas do final do século XIX, defende a catequização dos índios nos moldes dos jesuítas, de modo a integrar os nativos na sociedade brasileira, e se posiciona contra o uso de queimadas na agricultura, antecipando a preocupação ecológica do século XX.

Entusiasta do potencial do Brasil como país livre, Bonifácio junta-se aos grupos que lutam pela independência brasileira, assumindo papel decisivo no movimento. Proclamada a Independência, organiza a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal.

A carreira de Bonifácio chega ao auge em 1822, quando toma posse como ministro do Reino e dos negócios estrangeiros, tornando-se conselheiro e confidente de Dom Pedro I. No cargo, acaba com privilégios alfandegários e comerciais de que Portugal ainda desfrutava no comércio brasileiro. Tenta consolidar a monarquia constitucional, para ele o único regime capaz de garantir a união nacional no momento turbulento pelo qual passava o país.

A maré começa a mudar quando, durante os debates da Assembleia Constituinte que preparava a primeira Constituição Brasileira, Bonifácio, vítima das intrigas da corte, rompe com o imperador e passa para a oposição. Após a dissolução da Assembleia por D. Pedro, é preso e banido, tendo que se exilar na França. Lá ele passa seis anos, dividido entre o prazer das leituras literárias e científicas e a saudade do Brasil.

Bonifácio volta ao país em 1831, reconciliando com D. Pedro, que, em seu último ato como imperador antes da abdicação forçada, indica Bonifácio como tutor do novo imperador, D. Pedro II, então com cinco anos de idade. Acusado pela regência de conspirador, ele termina destituído da tutoria. Recolhe-se à vida privada e logo morre, amargurado e desgostoso com o tratamento que recebera do país pelo qual tanto lutara.

O diretor Mauro Ventura