SANDRA CRISTINA SZITTIKO RAMOS, Historiadora: A “GUARDIÃ DAS HISTÓRIAS” – Uma Pesquisadora Incansável

Professora, Jornalista, Pedagoga, Escritora, Poetisa, dinâmica, laboriosa, estudiosa, trabalhadora, foi só a admirável então professora de português em uma escola pública de Guaianases, antiquíssimo bairro da Zona Leste da gigantesca São Paulo, SANDRA CRISTINA SZITTIKO RAMOS,…. (foto de capa – Lucas Veloso)

… perceber que a história da região praticamente não estava documentada na forma de livros e publicações (SANDRA: “Pesquisei na biblioteca do bairro, e só tinha uma pasta com três folhas no acervo do espaço”), que de sua iniciativa logo surgiu a ideia de sair atrás de mais material, para montar, talvez, um conjunto mais consistente de informações para oferecer…. “Não era para ser um livro, mas uma apostila. Eu estava fazendo para usar na escola, pois os alunos não conheciam a história da região, mas…

…. acabou que nasceu o primeiro livro do Bairro de Guaianases, o “NOSSO BAIRRO, NOSSO VIDA – MEMÓRIAS DE GUAIANASES!“, diz, com o entusiasmo que é a sua marca, a nossa entrevistada SANDRA. (“O processo de escrita durou cerca de três meses, com entrevistas, fotos, visitas aos espaços históricos e diagramação do material. Por conta das diversas colaborações que teve, afirmo constantemente que os volumes são, na verdade, uma obra coletiva em prol dos moradores….“, já declarou SANDRA em entrevista.)

Pronto! Estava lançada a semente: Desde então, quatro volumes já foram escritos, sendo dois volumes de autoria de SANDRA, e dois infantis – MEU BAIRRINHO DE GUAIANASES e UM SONHO REAL, estes últimos, escritos a várias mãos, com a colaboração de moradores e crianças do bairro e das escolas da região.

SANDRA: “Participei da Antologia,com as histórias “A GUARDIÃ DAS HISTÓRIAS“, falando sobre Guaianases e o Legado, projeto que desenvolvi aqui mesmo….

… e, depois, o livro “UM SONHO REAL” foi escrito a partir de pesquisas de alunos das escolas da região…“

Trechos do Livro “UM SONHO REAL“:

Carlos Thadeo fez um poema em homenagem ao Bairro, falando de cada passagem[…], a primeira loja de móveis – São João; O Sr. Jesus Teixeira da Costa, segundo minhas pesquisas foi a figura mais marcante em Guaianases, e hoje dá nome à uma praça, ao H.S. Geral, e a S.A.G (Sociedade Amigos de Guaianases), seu filho Jorge Teixeira da Costa segue o Legado do PAI e dirige o Jornal “Folha de Guaianases”. Saturnino Pereira foi por anos o mais influente morador da região, hoje dá nome a duas escolas e uma rua. Vicente Matheus, conhecido por conta da pedreira e por ter sido presidente do Sport Club do Corinthians. Senhor “João Radiante” viveu todos os seus anos em Guaianases e planejava escrever um livro, foi contador. Nosso bairro contava com a Musical da Família Zuppo que ficava na Avenida Salvador Gianetti. Piu Bella, além de restaurante, foi a primeira pizzaria. do Bairro. Hoje tem uma que gosto muito, a Pezzoni. Vocês sabiam que “Otelo Augusto Ribeiro” era um pracinha e que morreu na guerra, na Itália?Falando sobre o Otelo Augusto, em homenagem uma rua leva seu nome. Familia Gianetti é uma das mais tradicionais famílias paulistanas, cujo papel para o desenvolvimento da Zona Leste da Capital, foi fundamental. Fugindo da Europa, que estava afundada na miséria e na crise, muitas famílias Italianas buscavam novas oportunidades. Eles foram os responsáveis pelas OLARIAS e economia local. No poema do Carlos Thadeo, é mencionado o Depósito 22. Os tijolos de lá construíram até obras emblemáticas da Cidade de São Paulo, como o Viaduto do Chá e o Edificio Martinelli. Na política, Guilherme Gianetti foi o Vereador mais votado do Bairro. Muito popular e carismático. Nego Einstein, filho de Jesus Teixeira da Costa, foi o goleiro mais famoso do Botafogo! O Cine Guaianases que foi inaugurado em 1948, depois mudou para Av. Salvador Giannetti, encerrando suas atividades na década de 70 na Capitão Pucci, com o nome de “Cine Tupi”. Guaianases tem a figura lendária do Sr.Paulo do quebra queixo, que continua vivo! Temos as memórias. “O Sonho não acabou“!

SANDRA CRISTINA SZITTIKO RAMOS

Paulistana do bairro de Penha de França, São Paulo, Sandra mudou-se para o bairro quase vizinho, Guaianases, na mesma Zona Leste da cidade, com apenas um aninho de vida. Sandra cresceu e foi educada em Guaianases. É apaixonada, desde pequena, por histórias. Filha da professora Maria José Szittiko, professora e amante dos livros, e do tintureiro Nelson Szittiko, ambos lhe influenciaram no gosto pelos livros e histórias. Em sua infância os Contos de Fadas já eram presentes e passavam muitos ensinamentos e fantasia. Logo cedo, começou a escrever suas crônicas, se arriscava em seus primeiros contos. Além da Profissão de Jornalista e Professora, é formada em Curso superior em Letras, Pedagogia, Filosofia e está cursando outra Licenciatura que no momento é segredo! Atualmente está escrevendo sua Biografia e a história de Praia Grande. Aposentada como professora, faz alguns meses que está morando na Cidade de Praia Grande para conhecer profundamente o local que não é basicamente de praias, mas muitas histórias recheiam a cidade que nomeou como “Cidade Linda”!